Um pouco sobre Kundalini
Esse post é um trecho da mensagem do Roque Davi em resposta ao e-mail do Alex Pereira na lista Voadores
"... a kundalini parte da base da coluna, e não dos pés.
A subida da kundalini é um processo que requer, geralmente, muita dedicação e esforço que demanda tempo e modificações profundas no indivíduo.
É necessária uma grande batalha íntima na busca do aperfeiçoamento de todos os aspectos do espírito humano para que nossa própria estrutura astral esteja apta a conduzir o prana modificado.
Maus hábitos modificados naturalmente são um bom sinal de que alguma coisa está acontecendo.
Nossos hábitos e tendências não vão se modificar porque estamos forçando a subida sem preparo. Pelo contrário, a convivência com novas sensações, poderes e vislumbres advindos de subida forçada entra em choque com nossa incapacidade de suportá-los e isso pode significar um desastre...
Quando a kundalini sobe, ela entra em comunhão com cada chacra, potencializando suas ações. Mas isso não acontece imediatamente. Estudar cada um deles e comparar com o que se sente
talvez seja uma referência para saber se alguma coisa está acontecendo.
(Como sempre, menciono que minhas confabulações são passíveis de erro e abertas a todo o tipo de comentário, sempre desejáveis).
As vezes fico pensando no quê nos serviria despertar a kundalini. Ficaríamos mais felizes? Nossas dúvidas existencialistas se dissipariam?
Amor e devoção por Deus podem nos proporcionar tudo isso também, dentro do nosso atual nível evolutivo. É o que os hindus chamam de bakti yoga. Francisco de Assis, Yogananda, Ramakrishna e Jesus foram grandes bakti yogues. Tinham consciência autêntica de que viviam em Deus. Viviam inebriados pela percepção de Deus e nem por isso viviam improdutivamente. Só que produziam para Deus.
Ofereciam o resultado de seus trabalhos para o único dono. Viviam em eterna gratidão e reconhecimento de que Deus é o criador e dono de tudo. Sabiam que nada lhes pertencia e essa liberdade lhes trouxe paz.
Talvez seja esse amor já um reflexo da própria subida kundalínica, conforme a altura em que ela atinge em sua gradual ascenção pelo canal cérebro-espinhal. A percepção de Deus não se dá num trancaço, mas vai sendo conquistada gradualmente.
Veja lá os relatos do Wagner Borges que você mencionou...! Ele avança rapidamente em direção a Deus e demonstra seu amor e gratidão por Ele com doçura e felicidade. Ora O chama de Pai, ora de Atman, ora O chama de Amor que gera a vida, de Arquiteto do Universo, mas seja como for, eis a percepção da divindade manifestando-se. Isso nos leva a crer que um dos atributos de quem avança espiritualmente parece ser o reconhecimento de que esta Força Maior é a geradora, mantenedora e destruidora de tudo. E essa percepção parece ser o que nos enche de felicidade e satisfação.
Quando já não suportamos mais de felicidade apenas por nos sabermos vivos.
Quando Deus é sentido em tudo e todos. Quando uma tremenda sensação de gratidão passa a habitar em nossos corações, para mim isso é começar a ter os primeiros vislumbres do que os iluminados chamam de libertação e da percepção de Deus. Uma alegria inexplicável e sempre renovada que perdura e nos alimenta. Diante disso, o que mais pode importar?
[...]
As pessoas falam, falam, falam em espiritualidade, mas poucos fazem alguma coisa DE VERDADE para avançarem. Para melhorarem. Poucos tem vontade. Não há outro caminho. Recuse-se a ser um cara comandado pelos seus desejos, defeitos e pelo meio. Exercite a força de vontade e avance!
[...]
"Ó vós, filhos da imortalidade,
estejais certos de que sois o Infinito.
Tornai-vos o Todo.
Esta é a Suprema Benção"
(Shvetashvatara Upanishad 2:5)
4 Comentários:
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Grande abraço
Mirian
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